Ela copiou-me. Mas esqueceu disto.

Outro dia entrei no Instagram só para responder algumas mensagens diretas.

Não fiquei nem cinco minutos.

Mas foi o suficiente para ver uma coisa curiosa:
Um reels com uma música épica,
uma rapariga a caminhar na rua com cara de quem vai mudar o mundo…
e no meio daquilo, uma frase que parecia minha.
Muito minha.

Fui ver o perfil.

E era mesmo.
Ela está a transformar os meus emails diários em reels.

Linha por linha.
Expressão por expressão.
Fúria disfarçada de autenticidade.

Não foi ódio.
Não foi surpresa.

Foi até engraçado.
Porque conheço o “trabalho” dela há mais de um ano.

Ela dizia que o certo era:
Vender produtos de baixo preço.
Fazer conteúdo para o algoritmo.
Usar gatilhos de urgência e escassez.
Vender sem vender.
Participar em trends virais para aumentar visualizações.
Lançar campanhas com nomes de guerra.
(“E-book grátis com 7 passos para…” — já sabes o resto.)

E agora…
Publica reels com frases como:
“A verdade vende.”
“Escreve com sangue.”
“Negócio não é vaidade.”
“Não ofereças conteúdo gratuito, lives, pdfs — precisas de vender.”

Pois.

Olá, se estás a ler.
Pelo menos copias com bom gosto.

Agora, o problema não é copiar frases.
Toda a gente copia alguma coisa, cedo ou tarde.

O problema é que quando alguém compra algo dela…
percebe que ali não há profundidade.
Não há estrutura.
Não há vida vivida.
Não há história.

Só há estilo.

E estilo sem verdade… é máscara.
E máscara não dura muito.

Eu?

Não tenho como ser copiado.
Não por muito tempo.

Porque quando alguém me ouve numa sessão individual,
entra numa consultoria,
ou participa numa mentoria…

Sente.

Sente que aquilo vem de quem viveu.
De quem construiu.
De quem caiu, levantou, e escreveu com raiva e amor no mesmo parágrafo.

Se queres construir um negócio, começa por aqui:

Cria algo impossível de copiar.
Não perfeito.
Teu.

Fala como és.
Cria o teu sistema.
Entrega o que tu mesmo comprarias.

E lembra-te:
Os seguidores copiados vão embora com o vento.
Mas os clientes certos… ficam quando o chão treme.

(E se alguém te copia, não está a construir uma história própria.

Está a construir com base numa parte da tua.

E isso deve ser uma bela merda de vida.)

É para quem quer criar algo impossível de copiar — com verdade, clareza e estratégia real.

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Romano.
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